Terapia Fonoaudiológica
Qual a atuação do Fonoaudiólogo?
Através de uma Avaliação, o Fonoaudiólogo diagnostica a dificuldade que o paciente apresenta e, assim, consegue determinar qual o tratamento mais adequado para o caso.
O Fonoaudiólogo é qualificado para tratar as seguintes dificuldades:
- Fala: Falar com dificuldade, omitir e distorcer fonemas.
- Fluência: Dificuldades com a fluência na fala (interrupções e bloqueios), como a gagueira. Existe também o Curso de Oratória para quem é tímido para falar em público.
- Voz: Alterações na qualidade da voz (timbre, intensidade, qualidade).
- Funções Orofaciais: Dificuldades na mastigação, na deglutição, na respiração e na motricidade orofacial.
- Linguagem Oral: Atrasos no desenvolvimento e dificuldades em compreender e/ou em se expressar oralmente.
- Linguagem Escrita: Alterações na expressão e/ou na recepção da Linguagem Escrita (Dislexia e Dificuldades Escolares em leitura e/ou escrita).
- Audição: Audiometria,Impedanciometria,Alteração do Processamento Auditivo e Exame de PAC.
Falando um pouco sobre o Autismo...
O autismo infantil é um campo de pesquisa amplo, a nas últimas décadas vem despertando interesses e divergências na comunidade científica mundial. O uso restrito de funções comunicativas, a tendência a brincadeiras repetitivas, a dificuldade de atenção conjunta e o pouco interesse em interagir com as pessoas são alguns fatores que dificultam a aquisição da linguagem.Pensando nisso, é fundamental buscar estratégias que visem ampliar a funcionalidade da comunicação, aumentar a freqüência dos comportamentos comunicativos intencionais e ampliar os meios e recursos pelos quais a criança se comunica.
Para isso é importante lembrar que a linguagem não é apenas verbal. Nos comunicamos através do nosso olhar, do sorriso, do tom de voz que usamos, dos gestos, das expressões faciais e corporais.
Para favorecer a aquisição da linguagem verbal é essencial observar a comunicação do seu filho. Como ele age quando está feliz, bravo, triste ou ansioso. Em quais contextos aumenta a sua intenção comunicativa. Estar atento aos interesses do seu filho é a chave para iniciar uma interação eficaz.
A partir daí busque reforçar suas vocalizações, seus gestos seus sorrisos, mostrando que compreendeu o que ele está expressando.
Não podemos deixar de falar sobre a intervenção precoce que cada vez mais auxilia a evolução do quadro.
Os tratamentos para o autismo correspondem a uma estimulação feita à criança para que interaja com o meio e com as outras pessoas. Esta estimulação passa por terapias que corrigem este tipo de comportamento, nomeadamente, Psicoterapia, Ludoterapia e Musicoterapia.
Inclusão do Autista na escola
Com relação a sua participação na inclusão da criança com autismo em escolas de ensino regular, o professor tem um papel determinante, pois é ele quem recepciona e estabelece o primeiro contato com a criança, seja positivo ou negativo, dessa forma ele é um grande responsável por efetivar ou não o processo de inclusão, considerando que é seu dever criar possibilidades de desenvolvimento para todos, adequando sua metodologia as necessidades diversificadas de cada aluno.
O papel do professor nessa perspectiva é tornar possível a socialização da criança com autismo na sala de aula e adequar a sua metodologia para atender as necessidades destes. Em muitas situações, as crianças com autismo ficam às margens do conhecimento ou não participam das atividades grupais, fato que exige do professor sensibilidade para incluí-lo ao convívio com o meio, visto que é no processo de socialização que se constitui o desenvolvimento e aprendizagem. É importante que o professor detecte as dificuldades existentes e investigue o nível de desenvolvimento dos mesmos, para que dessa forma ele saiba quais aspectos devem ser trabalhados com a criança.
Estimulação - Sindrome de Down
Antes de qualquer consideração a respeito da Síndrome de Down, devemos destacar o quanto é importante a intervenção precoce dos profissionais de saúde às crianças portadoras da Síndrome de Down (SD).
Nos mais diversos estudos, no que se refere ao desenvolvimento intelectual, tem se considerado a deficiência mental como uma das características mais comuns da SD, trazendo como conseqüência um atraso em todas as áreas do desenvolvimento.
A disfunção cognitiva observada nestes pacientes nos mostra prejuízos particularmente evidentes nas áreas de memória seqüencial auditiva e visual, bem como da linguagem e da fala, em particular.
Com bastante freqüência podemos observar perda auditiva nos indivíduos com SD, além dos problemas lingüísticos e fonológicos. A melhora na função cognitiva pode ser obtida através de procedimentos cirúrgicos ou pelo uso de aparelhos de amplificação, que podem melhorar de forma muito significativa a atenção auditiva e o desenvolvimento da fala e da linguagem como um todo.
O trabalho do Fonoaudiólogo com o paciente com SD é muito vasto e necessário para um desenvolvimento global mais qualitativo. Isto inclui a estimulação precoce a partir dos primeiros meses de vida; a estimulação do desenvolvimento da linguagem e fala; do desenvolvimento cognitivo para melhor aprendizagem futura; do desenvolvimento psicomotor; estimulação da motricidade orofacial devido aos desvios observados. As dimensões de mandíbula, maxila e palato são menores, tendo, porém, a altura do palato normal (comprimento e largura menores). Podemos observar protrusão da língua, fenda palatina, boca entreaberta e uma impressão de que a língua parece ser maior do que o normal, em alguns casos chegando à macroglossia. Isto representa grande dificuldade adicional às funções respiratória, de mastigação, deglutição e também na fala (articulação).
O Fonoaudiólogo atenderá a criança com SD e também a sua família e para os demais profissionais que lidam com o paciente, os princípios do tratamento devem estar bem claros. Todos devem estar cientes, desde muito cedo, que a criança com SD deseja se comunicar e que apesar de suas dificuldades, certamente irá conseguir.
As possibilidades para o tratamento são inúmeras, deixando bem claro que o plano de tratamento deverá ser embasado numa boa avaliação e no estabelecimento de objetivos, tudo com um objetivo maior: a facilitação da integração social.
Sempre que possível, os bebês com síndrome de Down devem ser acompanhados por um fonoaudiólogo logo após o nascimento, pois a hipotonia torna a musculatura da face e da boca mais “molinha”, o que pode prejudicar a amamentação e, posteriormente, o seu desenvolvimento. A regularidade e o enfoque do trabalho realizado vão depender das necessidades dos pais e da criança em diferentes fases da vida.
De modo geral, este profissional poderá tratar das seguintes questões:
- Articulação dos sons, linguagem oral, leitura e escrita;
- Dificuldades de alimentação, como sugar, mastigar e engolir;
- Coordenação entre as funções orais e a respiração;
- Fortalecimento da musculatura da face e da boca.
O que é Dislalia?
A dislalia é um dos transtornos mais frequentes apresentado nas crianças. Trata-se de um transtorno na articulação dos fonemas, que faz com que as crianças pronunciem incorretamente os fonemas ou grupos de fonemas. Quando as crianças começam a falar, é normal que não o façam corretamente. No entanto, depois de certa idade, a linguagem deveria ser aperfeiçoada e a criança deveria melhorar sua pronúncia. Mas isto nem sempre acontece, e são principalmente as instituições educativas que detectam este distúrbio. Com um tratamento adequado, a dislalia tende a melhorar, e as crianças têm um prognóstico muito positivo.